O Jardim de Maria, as Bençãos do Mês de Maio
Já faz algum tempo que estou querendo reativar as publicações por aqui, mas a rapidez de postagens no instagram muitas vezes me furta deste tempo de escrita no blog. Chegou o momento!
Hoje uma breve homenagem ao mês de maio, este período do ano que tem uma luz
muito especial!
A palavra Maio em latim é Maius, e este periodo do ano foi nomeado em homenagem à entidade grega Maya, mãe de Hermes (Mercurio), que foi identificada na mitologia romana como "Bona Dea".
A palavra Dea significa "dada por Deus", e do latim-Boa Deusa, senhora que tem em si o princípio da cura, da fertilidade, da virgindade e abundância. Sua imagem é a de uma senhora sentada em um trono e em uma das mãos segura um objeto que simboliza a virgindade, a fertilidade, abundância, riqueza de flores e frutos.
Maio é o quinto mês do
calendário gregoriano e o terceiro dos sete meses que têm 31 dias. No
hemisfério norte é o período da primavera e no hemisfério sul do outono.
É ampla a liturgia das flores
ligadas à Mãe de todos nós e seu Bendito Filho, estas plantas, especialmente
suas flores, são símbolos de tudo o que é puro e sagrado. O Jardim de Maria pode ser compreendido
como a expressão do amor do Criador, simbolizado por ervas e flores que, ao
longo dos tempos foram associados à Virgem Maria e, pode-se dizer que têm
raízes que remontam a tempos anteriores à vinda de Jesus.
O nome "Jardim de Maria ", tem sua origem registrada na arte religiosa da Alta Idade Média e Renascentista, que são retratadas em iluminuras e pinturas da Virgem e do Menino Jesus, mostrando um jardim fechado, cercado de flores simbólicas.
A ligação da Virgem Mãe Santíssima com os "Jardins de Maria" se dá através da iconografia do "Hortus Conclusus" na antevisão da encarnação, onde a imagem do Paraíso é uma alegoria à Imaculada Conceição, a virgindade e pureza de Maria.
Neste simbolismo da natureza, algumas plantas como: o trigo, a uva, as plantas espinhosas e as flores em forma de cruz lembram a Última Ceia, a Coroação de Espinhos, a Crucificação e o Corpo Místico, estes ligados diretamente ao Cristo. No entanto, ervas e flores são geralmente direcionadas à Jesus através de sua mãe. Assim, Maria traz em si o mistério de seu filho, sendo apresentada sob o emblema de Rosa Mística, Rosa de Saron, Lírio do Vale e Jardim Fechado.
Esta metáfora encerra a essência e características básicas do Hortus Conclusus - o Jardim Fechado - a fonte de água pura, a árvore, os canteiros em proporções simétricas e elevados, que são mantidos juntos à imagem de Maria e seu Filho, sentados a sós, cercados por flores simbólicas e, às vezes, sob um arco feito do ramo de rosas, com um coro de anjos e pássaros cantores.
Cada uma dessas plantas e flores, presentes nestes jardins fechados, espelham as nobres virtudes e atributos de Maria e Jesus, insígnia da árvore da vida, visão do Paraíso que continua ser o símbolo de esperança.
Estrela de Belém
Ornithogalum arabicum
Família Asparagaceae
Esta flor é conhecida pelo nome Estrela de Belém. Simboliza a honestidade, o perdão. Aroma discreto, suave e profundo, com flores de 6 pétalas brancas em forma de estrela e dispostas em cachos. Conta a lenda que esta flor surgiu pela primeira vez no dia do nascimento de Jesus. A Estrela do Oriente, que guiou os três Reis Magos, em seu movimento irrompeu o céu, e os feixes de luz que se desprenderam do clarão da estrela fez surgir esta flor.
Rosa do Natal
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